08/02/2024 às 11h49min - Atualizada em 09/02/2024 às 00h00min

Fundação Abrinq alerta para o trabalho infantil no Carnaval

Este fenômeno, além de privar os pequenos de uma infância saudável e educativa, acarreta uma série de impactos negativos em seu desenvolvimento físico, emocional e social

Divulgação: Fundação Abrinq
Neste período festivo de Carnaval, a Fundação Abrinq lança um alerta sobre a persistente problemática do trabalho infantil, destacando a necessidade de conscientização e ação coletiva para combater esta triste realidade. A proteção dos menores é uma responsabilidade compartilhada e nós, como sociedade, precisamos assegurar que esta festividade seja marcada não apenas por alegria, mas também por respeito e proteção dos direitos de todas as crianças e de todos os adolescentes.

De acordo com dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2022, cerca de 1,9 milhão de crianças e adolescentes, com idades entre 5 e 17 anos, foram identificados em situação de trabalho infantil no Brasil. Destes, preocupantes 756 mil estavam classificados na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (TIP).

A Fundação Abrinq lembra que, durante o Carnaval, as crianças e os adolescentes podem ficar mais vulneráveis a violações de direitos, incluindo exploração sexual, violência física e psicológica. Esta prática não apenas compromete a infância, mas também acarreta consequências de longo prazo, impactando negativamente a saúde e o bem-estar físico e psicológico das crianças e dos adolescentes.

Por isso, não compre produtos de crianças, recuse serviços oferecidos por elas, e denuncie casos suspeitos por meio de canais como Disque 100 e o Ministério Público do Trabalho. É crucial lembrar que a proibição do trabalho infantil no Brasil está fundamentada na Constituição Federal, que estabelece a idade mínima de 16 anos para o trabalho, permitindo apenas a atuação como aprendiz a partir dos 14 anos.

Além disso, vale ressaltar que o combate ao trabalho infantil não se limita ao Carnaval. Investir em educação, programas sociais e conscientização é fundamental para erradicar esta prática e garantir um futuro seguro e digno para as crianças e os adolescentes. Para obter informações e apoiar a causa, a Fundação Abrinq mantém o site Não ao Trabalho Infantil, oferecendo dados, estatísticas e iniciativas concretas.
 
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