Crédito: Pexels Nos últimos anos, o Brasil tem conquistado um lugar de destaque no cenário internacional quando se trata da produção e exportação de alimentos. E, em 2023, uma notícia surpreendente vem chamando a atenção: as exportações de trigo sem glúten atingiram níveis históricos, impulsionando o agronegócio brasileiro e gerando empregos e divisas para o país.
O trigo, um dos pilares da nossa dieta alimentar, é uma preocupação para os portadores da doença celíaca, que são intolerantes ao glúten, uma proteína presente no trigo. No entanto, uma variedade da planta, conhecida como trigo mourisco ou sarraceno, não contém essa substância indesejada. E é exatamente essa variedade que tem ganhado espaço no mercado internacional, como revelam os registros de exportação.
Entre janeiro e outubro de 2023, o agronegócio brasileiro exportou impressionantes 3,6 mil toneladas de trigo
sem glúten, totalizando um faturamento de US$ 2,9 milhões. Esses números representam um marco significativo, superando todas as marcas anuais já registradas pela balança comercial brasileira. Além disso, o preço médio por tonelada em 2023 atingiu a marca de US$ 789, o mais alto em 15 anos, com uma valorização de 26% em relação a 2022.
O Brasil, há cerca de duas décadas, quase não vendia mais esse produto ao mercado externo. Em 2004, por exemplo, apenas 60 quilos foram embarcados. No entanto, o cenário mudou drasticamente, e o país se tornou um importante produtor e exportador de trigo sem glúten, gerando oportunidades para agricultores e fortalecendo a economia brasileira.
O sucesso desse empreendimento se deve em grande parte ao empenho de nove estados brasileiros que se dedicam à produção e exportação desse trigo especial. Esses estados são: Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. No entanto, é importante ressaltar que a maior parte do volume exportado provém de apenas dois estados: Paraná e Rio Grande do Sul, que respondem por 80% e quase 20% das exportações, respectivamente.
O Japão, atualmente, é o principal destino das exportações de trigo sem glúten produzido no Brasil. Sozinho, o país asiático absorveu quase 100% dos embarques de janeiro a outubro deste ano. Isso demonstra a crescente demanda internacional por esse produto de alta qualidade, que atende às necessidades de pessoas intolerantes ao glúten em todo o mundo.
Os benefícios econômicos dessa expansão do mercado de trigo sem glúten são evidentes. Além de aumentar a renda dos agricultores brasileiros e criar empregos no setor agrícola, as exportações desse produto impulsionam a balança comercial do país, contribuindo para um superávit nas contas externas.
Além disso, o trigo mourisco ou sarraceno é uma cultura que se adapta bem às condições climáticas brasileiras, o que torna sua produção mais sustentável e eficiente. Essa vantagem competitiva permite que o Brasil se posicione como um fornecedor confiável desse trigo especial no mercado internacional.
Para os consumidores que sofrem de doença celíaca, essa notícia é especialmente relevante, pois abre novas possibilidades de inclusão do trigo sem glúten em suas dietas. Com a crescente disponibilidade desse produto no mercado internacional, a esperança é de que os preços se tornem mais acessíveis para os consumidores, melhorando sua qualidade de vida e proporcionando uma maior variedade de opções alimentares.
O sucesso das exportações de trigo sem glúten é um exemplo do potencial do agronegócio brasileiro e da capacidade do país de se adaptar às demandas do mercado global. Com um compromisso contínuo com a qualidade e a sustentabilidade, o Brasil está se consolidando como um dos principais players mundiais na produção e exportação desse trigo especial, beneficiando tanto a economia quanto os consumidores em todo o mundo.
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